Mesmo com a desvalorização do real, que favorece as exportações, o número de empregados no setor calçadista caiu 6,8% no País só em agosto em relação a igual mês de 2014, segundo a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados).
Desde abril, a indústria de calçados registra queda no emprego. Nos cinco meses até agosto foram perdidos mais de 10,2 mil postos no setor, apontou a entidade.
São Paulo, o terceiro maior empregador do segmento, foi o Estado que mais perdeu vagas no período. Naquele mês, estavam empregadas 53,5 mil pessoas no segmento, 11,2% menos do que há um ano. No RS, que tem o maior número de funcionários, a queda foi de 6%.
O fechamento de vagas é um reflexo do freio nas vendas, lembrou o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein. No acumulado de janeiro a agosto, a queda nos negócios foi de 6,6%, na comparação com 2014.
A expectativa mais otimista é que em novembro seja registrada uma queda menos acentuada nas vendas, que gere um impacto menor no total de postos de trabalho.
A alta do dólar deverá ser sentida pela indústria a partir de 2016, avaliou o executivo. Na sexta-feira, a moeda norte-americana à vista fechou cotada a 3,77 reais.
“O importador esperará até que o câmbio se acalme. Se o dólar oscila muito, ele hesita em assinar contratos”, disse Alessandro Dilly, da Dilly Calçados.
Fonte: O Sul, com Folhapress
Data original da publicação: 09/11/2015