Sem dinheiro, fiscalização de trabalho escravo está parada

Um mês depois do Ministério do Trabalho assegurar que não iria suspender as ações de fiscalização dos trabalhadores escravo e infantil, a pasta está com os serviços paralisados. De acordo com o chefe da Divisão para Erradicação do Trabalho Escravo do ministério, André Roston, a pasta não tem “nenhum centavo” para fazer novas inspeções

Segundo ele, desde que foi anunciada, no mês passado, a liberação de R$ 10 milhões para a fiscalização em todo país, o diagnóstico interno já era de que o montante não seria suficiente.

Além da verba não ter saído, o que está em caixa já foi gasto. Sobrou apenas R$ 6 mil, cerca de 10% do valor médio necessário para custear uma operação móvel.

“Hoje o parecer do setor financeiro é o de que chegamos ao limite do nosso remanejamento. Hoje, a gente não consegue mais remanejar para viabilizar uma saída do grupo móvel. Hoje não consigo assumir o compromisso do nosso cronograma para ter novas operações”, afirmou.

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, ele ressaltou, no entanto, que o ministro Ronaldo Nogueira está tentando reverter o cenário negativo.

Fiscalização em queda

Dados parciais da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de julho, já indicavam queda no número de operações de combate ao trabalho escravo este ano. Foram fiscalizados 44 estabelecimentos nos primeiros seis meses deste ano, a média nos últimos dez anos era de 300.

Fonte: HuffPost
Data original da publicação: 22/08/2017

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