Após Pedro Parente pedir demissão da presidência da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros e as centrais sindicais CUT e Força Sindical celebraram a sua queda.
Coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel afirmou que “as manifestações dos caminhoneiros e dos petroleiros conseguiram mudar a fama de bom gestor de Parente”.
“Ele foi causador do segundo apagão energético do nosso País [no governo de FHC], que prejudicou imensamente a população brasileira, e agora sua política entreguista, de só olhar o mercado financeiro, causou uma crise de desabastecimento, além do desmonte de uma empresa que é patrimônio do povo brasileiro”, afirmou Rangel em vídeo publicado nas redes sociais.
Os petroleiros realizaram uma greve contra Parente e a política de preços da Petrobras na quarta-feira, 30/05. Eles desafiaram um decisão do Tribunal Superior do Trabalho que declarou a paralisação ilegal por ter “cunho político”.
A Corte impôs multa diária de 500 mil reais em um primeiro momento. Com a insistência dos petroleiros em manter a greve, o TST aumentou o valor para 2 milhões de reais, o que levou a categoria a suspender a paralisação de 72 horas na quinta-feira, 31/05.
Em seu site oficial, a Central Única dos Trabalhadores afirmou que a demissão de Parente é “uma vitória da categoria que denunciou à sociedade brasileira a absurda política de reajustes nos preços dos combustíveis e gás de cozinha alinhados ao mercado internacional.” A FUP é filiada à CUT.
A Força Sindical afirmou, em nota, que a saída de Parente “só trará benefícios para a sociedade brasileira”. “Pedro Parente vinha desenvolvendo uma política na empresa que prejudicava a classe trabalhadora. O ministro do ‘apagão’, como ficou conhecido no governo de FHC, dava clara demonstração de se curvar aos especuladores” diz a nota assinada por Paulinho da Força, presidente da central, e Juruna, secretário-geral. Ambos dizem esperar que a nova direção da estatal “promova uma política voltada aos interesses do país”.
As entidades de caminhoneiros que participaram da greve da categoria ainda não se manifestaram sobre a demissão. Nos bloqueios de rodovias, os motoristas de caminhões, ao contrário dos petroleiros, não miraram a política de preços de Parente.
Fonte: Carta Capital
Data original da publicação: 01/06/2018