Mulheres têm mais diplomas, mas ganham menos, segundo OCDE

O número de mulheres que obtêm um diploma de graduação continua a crescer e é superior ao dos homens nos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, mas elas seguem com um menor acesso ao mercado de trabalho, indicou a instituição na terça-feira, 11/09.

O informe “Panorama da Educação 2018” revela que até a brecha entre sexos em relação à titulação aumentou na última década em favor das mulheres. No ano passado, 50% das mulheres entre 25 e 34 anos tinham diploma de ensino superior contra apenas 38% dos homens. Em 2007, a diferença era menor: 38% para as mulheres, e 30%, para os homens.

As mulheres continuam a ser, porém, “punidas no mercado de trabalho”, acrescenta o relatório. Ao menos 80% daquelas com diploma trabalham, contra 89% dos homens com o mesmo perfil (81% e 91%, respectivamente em 2007, em leve retrocesso para ambos os sexos).

Diferença salarial

Além disso, essas mulheres ganham em média 26% a menos do que seus colegas homens nos países da OCDE. Essa diferença salarial pode ser explicada, em parte, “pelos períodos mais longos de inatividade, ou de desemprego, entre as mulheres, que podem atrasar os aumentos de seu salário”.

Em relação ao ensino médio, os homens representam cerca de 60% dos alunos repetentes, aponta o informe da OCDE, que neste ano se concentrou na igualdade no ensino.

No México, o informe destacou que se alcançou “a paridade entre gêneros na matrícula em todos os níveis educacionais, incluído o ensino superior”. As mulheres apresentam, porém, uma taxa de emprego inferior àquele dos homens e ganham menos do que eles. As mulheres com formação superior ganham “apenas 66% da renda média dos homens” com o mesmo nível educacional.

No Chile, apesar de os índices de avanço na formação estarem equilibrados entre ambos os gêneros, as mulheres com ensino superior ganham 65% menos do que os homens, “a maior brecha salarial” entre os países da OCDE.

A OCDE é considerada um “clube dos ricos”. O Brasil é parceiro-chave desde 2007 e fez pedido de adesão há um ano.

Fonte: Carta Capital, com Radio France Internationale
Data original da publicação: 11/09/2018

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