A presidente mexicana Claudia Sheinbaum Pardo anunciou nesta quarta-feira (03/12) um aumento de 13% para o salário mínimo geral em 2026, ou seja, o valor será elevado para 9.582,47 pesos (o equivalente a R$ 2.782,75 na cotação atual). A medida deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro.
“Esse acordo por consenso entre o setor empresarial e os trabalhadores é uma ótima notícia para todos os mexicanos”, disse a mandatária, ressaltando que o aumento “não tem impacto na inflação”.
O novo salário mínimo passará de 278,80 pesos (R$ 80,96) para 315,04 pesos diários (R$ 91,49), o equivalente a 9.582,47 pesos mensais. Na fronteira ao norte, o reajuste será menor, de 5%, passando de 419,88 pesos (R$ 121,89) para 440,87 pesos diários (R$ 128,03), o que representa 13.409,80 pesos mensais (R$ 3.894,21).
“Com esse aumento na fronteira norte, estamos cumprindo parte do compromisso estabelecido de alcançar 2,5 cestas básicas. Já alcançamos”, disse Marath Bolaños, secretário do Trabalho e Bem-Estar. “Estamos muito satisfeitos e calculamos que, no início do próximo ano, o salário mínimo pode ter recuperado 154,2% de seu poder de compra durante os governos da transformação em termos reais.”
Por sua vez, o presidente do Conselho de Coordenação Empresarial, Francisco Cervantes, enfatizou que governo, trabalhadores e empresas “sempre demonstraram uma abertura especial para negociar condições que favorecem os diferentes grupos populacionais, especialmente os mais vulneráveis”.
A presidente mexicana Claudia Sheinbaum anuncia aumento de 13% no salário mínimo geral em 2026
Gobierno de México
Redução da jornada de trabalho
Outra medida anunciada pela presidente Sheinbaum foi a redução gradual da jornada de trabalho: de 48 para 40 horas semanais até 2030. Segundo a mandatária, houve um consenso com os setores empresarial, sindical, acadêmico, governamental e da sociedade civil para o projeto, que será enviado ao Senado de modo que, a partir de 2027, a jornada de trabalho seja reduzida duas horas por ano. A medida beneficiará 13,4 milhões de trabalhadores.
“Recentemente li uma nota de um dos países nórdicos dizendo que eles até reduziram para 36 horas porque representou maior produtividade para as empresas, mesmo no caso de serviços, hospitalidade e outras áreas. Por isso foi tomada a decisão de que seria gradual, para não implicar custos mais altos para o setor empresarial, mas em alguns deles, até maior produtividade, e é um acordo de consenso”, destacou a mandatária.
Segundo o secretário de Trabalho Bolaños, a reforma será apresentada ao Congresso para análise e aprovação no primeiro semestre de 2026. Desta forma, a primeira redução começaria em janeiro de 2027.
O secretário destacou que, para monitorar o cumprimento da nova jornada de trabalho, será obrigatória a implementação de um registro eletrônico por parte dos empregadores, que deverá ser emitido pelo Ministério do Trabalho e Bem-Estar Social.
De acordo com os dados mais recentes emitidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 2023, o México ocupa o topo do ranking com um total de 2207 horas anuais trabalhadas por pessoa. Ou seja, equivale a 276 jornadas de trabalho de oito horas.
Fonte: Opera Mundi
Data original da publicação: 03/12/2025
