Dezenas de milhares de pessoas foram no sábado (23/09) às ruas de Paris para protestar contra a reforma trabalhista do presidente da França, Emmanuel Macron, e outras propostas de sua política social, uma manifestação organizada pelo líder da esquerda radical do país, Jean-Luc Mélénchon.
A manifestação, organizada em forma de marcha entre as praças da Bastilha e da República, começou às 14h locais (9h em Brasília) e teve discurso de Méléchon ao final.
O líder da extrema-esquerda estava na frente do protesto, ao lado de outros deputados de seu partido, o França Insubmissa. Ele próprio publicou uma imagem do protesto no Twitter, acompanhado da mensagem: “Resistência! Bravo para todos os assalariados em luta pelos nossos direitos”.
O protesto, o terceiro depois dos convocados por várias organizações sindicais nos últimos dias, critica o “golpe de Estado social” que promovido por Macron através das reformas.
Os manifestantes dizem que o presidente não tem legitimidade para fazer a flexibilização do mercado trabalhista, uma medida assinada por ele ontem e que estava no seu programa eleitoral.
Lideranças sindicais e políticas indicam que a vitória de Macron só ocorreu porque parte da esquerda votou no presidente para evitar um triunfo da ultradireitista Marine Le Pen.
Além do França Insubmissa, anunciaram presença na manifestação outras lideranças políticas, como o candidato do Partido Socialista nas eleições presidenciais, Benoît Hamon, e representantes da direção do Partido Comunista Francês.
Uma ausência notável foi a do secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Phillipe Martínez, que tinha liderado os dois protestos anteriores contra a reforma de Macron.
Os protestos contra a reforma trabalhista, em vigor a partir deste sábado, devem continuar na segunda-feira (25/09). Sindicatos de caminhoneiros planejam uma greve para bloquear, em particular, o fornecimento de combustível no país para afetar a atividade econômica.
Fonte: Opera Mundi, com Agência EFE
Data original da publicação: 23/09/2017