As maiores centrais sindicais do país esperam reunir milhares de trabalhadores na próxima sexta-feira (10/11). Realizarão um protesto contra a reforma trabalhista; a ameaça de mudanças na Previdência Social e a Portaria 1.129, do Ministério do Trabalho. Esta última alterou o conceito de trabalho escravo e foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Abaixo assinado
Os dirigentes de sete centrais sindicais e diversos sindicatos, na sede da CUT, em São Paulo, programaram o movimento. Na capital paulista, a concentração será às 9h30, na Praça da Sé, Centro. Os sindicalistas ainda avaliam se haverá passeata rumo à Avenida Paulista. À tarde, servidores públicos participam de ato diante do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul da cidade.
Presidente da CUT, Vagner Freitas acredita que as categorias “que tiverem força política” vão buscar salvaguardas contra a lei que altera a legislação trabalhista. Tal como ocorreu recentemente, com metalúrgicos e químicos. Mas a central defende a revogação da MP. Nesse sentido, organiza um abaixo-assinado por um projeto de lei de iniciativa popular.
Vagner informou já ter recebido o documento com 4.574 assinaturas na base do Sindicato dos Bancários do ABC. Ela é formada por, aproximadamente, 7 mil trabalhadores (65% do total). A lei entra em vigor exatamente no dia seguinte ao da manifestação.
Reforma
Ele avalia que Executivo e Legislativo ainda podem tentar pôr em votação a emenda de “reforma” da Previdência.
— Vontade eles têm. Esse Congresso e esse governo têm ouvidos moucos à sociedade — afirmou.
O líder sindical lembrou, ainda, que o projeto trabalhista foi aprovado mesmo sob pressão intensa dos trabalhadores; incluindo uma greve geral em 28 de abril. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as centrais deverão marcar um dia nacional de paralisação.
O movimento ocorrerá assim que o Congresso definir a data de votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, da Previdência. Na próxima sexta, sindicatos farão assembleias nos locais de trabalho para então se incorporar ao ato na Praça da Sé.
Fonte: Correio do Brasil
Data original da publicação: 07/11/2017