Centrais sindicais em ação para defender 700 mil empregos sob ataque dos EUA

Movimentos sindicais e sociais protestam contra medidas econômicas do governo dos EUA contra o Brasil, na frente da embaixada americana em Brasília. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Das 10 mil empresas afetadas, 3 mil têm acordos coletivos vigentes – e 1.500 sindicatos estão em campo para travar a demissão em massa.

Tadeu Porto

Fonte: CUT
Data original da publicação: 14/08/2025

Em conluio com a extrema direita brasileira – a mesma que, quando no poder, atacou os direitos dos trabalhadores –, os Estados Unidos impõem sanções ao Brasil, asfixiando nossas exportações com tarifas abusivas.

A economia não é um jogo de números distantes. Ela define o pão na mesa de milhões. Trabalhadores e trabalhadoras dependem de seus salários para viver, sustentar suas famílias e movimentar o comércio, as ruas, as cidades. Quando o dinheiro para de circular, é o povo quem sangra.

Enquanto a mídia glamouriza dois nepo babies delirantes, dispostos a “incendiar o país” em nome de seus interesses, são os sindicatos que correm para apagar as chamas antes que queimem o futuro de 726 mil empregos. Os números apresentados pelo Dieese na Live das Centrais Sindicais, transmitida pelo YouTube da CUT Brasil (assista aqui), mostram o tamanho do estrago: as tarifas americanas podem arrancar R$ 35 bilhões do PIB e despejar um exército de desempregados na crise. Não perca a apresentação da economista Adriana Marcolino, que detalha esses e outros dados alarmantes.

Mas a resistência está organizada. Das 10 mil empresas afetadas, 3 mil têm acordos coletivos vigentes – e 1.500 sindicatos estão em campo para travar a demissão em massa. As Centrais Sindicais lançaram até um portal (centraissindicais.org.br/emprego) para pressionar patrões e governo a proteger os postos de trabalho.

O imperialismo ataca. O sindicalismo contra-ataca. E o povo não pode pagar a conta.

Tadeu Porto é petroleiro e secretário-adjunto da Secretaria de Comunicação da CUT Nacional

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