Os líderes europeus anunciaram na semana passada o desbloqueio de 6 bilhões de euros (R$ 17 bilhões) para lutar contra o desemprego dos jovens no continente. O objetivo é assegurar que os desempregados com idade até 25 anos tenham acesso a um trabalho, a um estágio ou a um programa de qualificação profissional.
Depois de uma reunião destinada a encontrar soluções para combater o desemprego jovem, os países europeus concordaram em antecipar para 2014 e 2015 os recursos que deveriam ser usados nos próximos anos. “Com esse acordo, será possível antecipar e acelerar medidas como a garantia jovem”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
Em declarações à imprensa, o presidente francês, François Hollande, enfatizou que todos vão trabalhar em um ritmo acelerado para melhorar a empregabilidade da parcela mais nova da população europeia. “Tudo vai ser acelerado, antecipado e assumimos o compromisso que tudo será pago nos próximos dois anos”, declarou Hollande.
Os jovens são os mais atingidos pela crise econômica. Ao todo, seis milhões de pessoas com menos de 25 anos dentro do bloco europeu não têm emprego. Na Grécia, por exemplo, a taxa de desemprego entre os mais novos chegou a 55,3% no final do ano passado, segundo os dados do Eurostat.
Justamente para tentar melhorar essa situação, os líderes europeus decidiram que os recursos serão destinados para regiões com taxas de desemprego superiores a 25%. Já para decidir quais os programas serão mais eficazes, os ministros do Emprego europeus se reúnem na próxima semana em Berlim. A chanceler alemã, Angela Merkel, defende um modelo alemão de estágios vinculados à cursos profissionalizantes que, na sua avaliação, têm sido bem-sucedidos no seu país. No final de 2012, a Alemanha registrava uma taxa de desemprego entre menores de 25 anos de 8,1%, a mais baixa do bloco.
A cúpula da União Europeia também anunciou um plano de investimentos para facilitar o acesso ao crédito para as pequenas e médias empresas. Por meio do Banco Europeu de Investimento, elas poderão receber empréstimos entre 50 e 100 bilhões de euros. 95% das empresas na Europa são de pequeno e médio porte.
Fonte: RFI, com alterações
Data original da publicação: 28/06/2013