O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, interior paulista, apresentou ontem (14) proposta para os trabalhadores demitidos pela General Motors na fábrica de São José dos Campos. A proposta feita pelo vice-presidente judicial, Henrique Damiano, durante audiência de conciliação, inclui extensão do plano de demissões voluntárias (PDV) feito em setembro para todos os demitidos no último mês do ano, além de assistência médica durante quatro meses, depois do fim do aviso prévio.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região deve realizar assembleia, ainda esta semana, para avaliar a proposta. A entidade e a GM voltam a se reunir no TRT na quarta-feira da semana que vem (22), às 14h30. O sindicato defende a suspensão das demissões.
O acordo ainda sugere a preferência para recontratações e compromisso da empresa em readmitir ou indenizar os trabalhadores em período de pré-aposentadoria, ou que possuem estabilidade prevista em lei ou convenção coletiva.
Na semana passada, a direção da empresa confirmou que, somente em dezembro, foram demitidos 687 metalúrgicos. Os dados não incluem os 304 funcionários que aderiram ao PDV, em setembro. O número de trabalhadores em período de estabilidade ou pré-aposentadoria, entre os dispensados, ainda não foi divulgado.
As demissões ocorreram após a montadora decidir suspender a produção do veículo Classic, em São José, e o consequente fechamento do setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA). A GM afirma que o Classic, fabricado até dezembro no MVA, continuará sendo feito em pequena escala nas fábricas de São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, e de Rosário, na Argentina.
Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 14/01/2014