Metade dos 220 milhões de homens e mulheres caribenhos ou latino-americanos “vulneráveis”, que vivem um pouco acima da linha da pobreza, mas não foram capazes de subir para a classe média, estão trabalhando, porém sob condições precárias. A questão será destaque no relatório de desenvolvimento humano regional 2015-16 – Progresso multidimensional: bem-estar além da renda, que será lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 2016.
A população empregada na região da América Latina e Caribe cresceu quase 40%, de 205 milhões de pessoas em 1992 para 284 milhões em 2012. A explosão econômica e a redução da pobreza que ocorreram nas últimas décadas afetaram significativamente a composição de trabalho na região. O crescimento do número de empregados se concentra principalmente na classe média, e populações vulneráveis.
“Mais crescimento econômico que apenas gera empregos precários não será suficiente para evitar que esse grupo vulnerável – que representa um de cada três latino-americanos – caia na pobreza”, disse a vice-secretária-geral da ONU e diretora do PNUD para a América Latina e Caribe, Jessica Faieta. “Impulsionar suas resiliências requer o fortalecimento das capacidades, o aumento de suas habilidades e o acesso a redes de segurança social: para evitar retrocessos e promover ganhos sociais devemos investir nas pessoas”, completou.
Apesar da desaceleração do crescimento econômico na região, o PNUD pede uma maior vontade política para continuar impulsionando os investimentos sociais, incluindo a educação de qualidade e os serviços de saúde, que garantem um nível mínimo de proteção contra abalos tais como desemprego, doenças, recessão econômica, insegurança ou desastres naturais – todos esses contratempos podem colocar esse grupo de volta à pobreza. O PNUD anunciou na última sexta-feira (26) em Madri o novo site interativo do relatório, preparado pela Telefônica. O site está atualmente disponível em espanhol [masqueingreso.org] e em breve será disponibilizado também em inglês [morethanincome.org]
Fonte: ONU
Data original da publicação: 29/06/2015