Os grupos móveis de fiscalização resgataram 3.190 pessoas do trabalho análogo à escravidão em 2023. Foi o maior número em 14 anos, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em relação a 2022, por exemplo, o crescimento foi de 23%. Também foram registrados recordes históricos do número de fiscalizações (598 estabelecimentos urbanos e rurais) e de pagamento de verbas rescisórias, que somaram quase R$ 12,9 milhões.
Entre as regiões, o Sudeste teve o maior número de trabalhadores resgatados (1.153) e de estabelecimentos fiscalizados (225). O Centro-Oeste teve 820 resgates. Em seguida, Nordeste (552), Sul (497) e Norte (168). Os estados com maior quantidade de resgates foram Goiás (739), Minas Gerais (651) e São Paulo (392). (Veja lista completa abaixo.)
Grupos atuam desde 1995
O cultivo de café foi o setor que teve pessoas em situação de trabalho escravo resgatadas: 302. Ultrapassou o de cana-de-açúcar, com 258.
Formados em 1995, os grupos móveis de fiscalização do MTE atuam em parceria com vários outros órgãos. Entre eles, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério Público Federal (MPF), “além de outras instituições, a depender do tipo de operação a ser realizada”.
Trabalho escravo: resgates por UF em 2023
- Goiás – 739
- Minas Gerais – 651
- São Paulo – 392
- Rio Grande do Sul – 334
- Piauí – 158
- Maranhão – 107
- Paraná – 101
- Bahia – 87
- Espírito Santo – 77
- Alagoas e Pará – 74
- Mato Grosso do Sul – 70
- Paraíba e Santa Catarina – 62
- Ceará – 40
- Tocantins – 38
- Roraima – 37
- Rio de Janeiro – 33
- Pernambuco – 24
- Rondônia – 16
- Mato Grosso – 10
- Amazonas – 3
- Distrito Federal – 1
Fonte: Rede Brasil Atual, com adaptações
Texto: Vitor Nuzzi
Data original da publicação: 10/01/2024
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