Trabalhadores dos Correios decidiram entrar em greve na noite da terça-feira (15/09) após assembleia realizada pela categoria. A paralisação, por tempo indeterminado, será feita apenas pela base de Porto Alegre. A outra, com sede em Santa Maria, optou por não integrar o movimento. Com isso, os serviços na região central, noroeste e fronteira-oeste do Estado não serão afetados.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintectrs), a proposta feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em conjunto com a empresa não contempla as necessidades da categoria.
Entre as principais reivindicações dos trabalhadores, estão reposição da Inflação (estimada em 9%) mais aumento real de 10%, realização de concurso público para a contratação de mais funcionários, reajuste no vale refeição e no vale cesta, aumento de 15 para 25% para o adicional do trabalho nos finais de semana, cálculo para o pagamento das horas-extras e adicional noturno sobre o salário bruto.
Além dos trabalhadores da base de Porto Alegre, funcionários de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Tocantins também já aderiram à greve.
Conforme a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o reajuste concedido no ano passado, também em forma de gratificação de incentivo à produtividade, que está sendo gradativamente incorporada conforme previsto no Acordo Coletivo, representou um aumento de quase 20% sobre o salário base dos carteiros.
Ainda conforme a empresa, o reajuste médio dos empregados dos Correios no período 2011-2014 foi de 36%, para uma inflação de 27,3% no mesmo período. Além disso, informa que os ganhos do carteiros em início de carreira, considerando os benefícios, superam R$ 2 mil, e dos funcionários de nível superior chegam a cerca de R$ 5 mil.
Nos locais em que houve aprovação de paralisação, a empresa aplicará medidas do plano de continuidade para garantir as entregas.
Fonte: Zero Hora
Data original da publicação: 15/09/2015