Rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de redução em quase todas as regiões

Eduardo Miguel Schneider

Em setembro, o número de ocupados aumentou na maioria das áreas metropolitanas pesquisadas. Houve aumento na ocupação nas regiões metropolitanas de Salvador (0,9%), de Porto Alegre (0,4%) e de Fortaleza (0,3%). No Distrito Federal o nível ocupacional permaneceu relativamente estável (0,1%). Já na Região Metropolitana de São Paulo a ocupação declinou 1,4%. Afastando-se os efeitos da sazonalidade, a comparação dos resultados de setembro com os registrados em igual mês do ano anterior corrobora a tendência de redução da ocupação: houve retração do nível ocupacional em todas as regiões investigadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Fortaleza (-5,2%) e de São Paulo (-4,9%).

Conjunturalmente, a taxa de desemprego total permaneceu relativamente estável em três das cinco regiões pesquisadas: Região Metropolitana de Fortaleza, Região Metropolitana de Salvador e no Distrito Federal. Nas outras duas regiões metropolitanas (São Paulo e Porto Alegre) a taxa aumentou. Já a tendência da taxa de desemprego total nos últimos 12 meses persistiu sendo de crescimento em todas as regiões pesquisadas, com destaque para o forte aumento ocorrido na Região Metropolitana de Fortaleza.

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Em agosto, o rendimento médio real dos ocupados aumentou em três das cinco regiões investigadas. Nas regiões metropolitanas de Região Metropolitana de Porto Alegre, as mesmas que experimentaram aumento do desemprego, os rendimentos diminuíram em termos reais. O Distrito Federal continuou a registrar o rendimento mais elevado entre as regiões pesquisadas (R$2.874). Por outro lado, o menor rendimento foi observado na Região Metropolitana de Fortaleza (R$1.318). Já a tendência do rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de redução em quase todas as regiões, com destaque para a retração real de 11,5% ocorrida na Região Metropolitana de Porto Alegre. A exceção foi a Região Metropolitana de Fortaleza, onde os rendimentos apresentaram uma tendência de relativa estabilidade.

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A massa de rendimentos reais dos ocupados declinou em todas as cinco regiões pesquisadas nos últimos 12 meses findos em julho. Para a maior parte das regiões, a diminuição da massa de rendimentos foi determinada pelo impacto conjunto do declínio nos rendimentos médios reais e na ocupação. Somente na Região Metropolitana de Fortaleza a redução da massa de rendimentos se deu exclusivamente pela redução na ocupação, já que os rendimentos médios permaneceram estáveis.

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Maiores informações: http://www.dieese.org.br/analiseped/ped.html

Pesquisa realizada nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal.

Eduardo Miguel Schneider é economista, técnico licenciado do Dieese; doutorando em Economia do desenvolvimento no PPGE/UFRGS/Bolsista CNPq.

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