Eduardo Miguel Schneider
A expansão da ocupação fez com que a taxa de desemprego registrasse redução em novembro, resultado observado já nos três últimos meses. No conjunto das regiões pesquisadas, a taxa passou de 10,5% da população economicamente ativa (PEA) em outubro para 10,0% em novembro. Pode-se esperar que a taxa encerre dezembro com apenas um dígito, aproximando-se então dos patamares registrados no final do ano passado.
Contudo, nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego metropolitana brasileira apresentou pequeno crescimento. Em novembro do ano anterior ela havia sido de 9,7% da PEA (frente aos 10,0% atuais). Esse crescimento reflete a expansão do desemprego ocorrida nas regiões metropolitanas de Salvador e de São Paulo, já que nas demais houve declínio da taxa – com exceção da Região Metropolitana de Porto Alegre, onde permaneceu estável.
O rendimento médio real dos ocupados aumentou 1,0% em outubro, encerrando o período em R$ 1.574. Nos últimos 12 meses a tendência também foi de crescimento nos rendimentos. Entre outubro de 2011 e de 2012, o rendimento médio real dos ocupados aumentou 3,5%.
A massa de rendimentos dos ocupados é a soma de todos os salários e remunerações que os indivíduos recebem pelo seu trabalho. Portanto, é o volume de recursos que os trabalhadores dispõem para consumo, pagamento de dívidas, etc. Nesse sentido, é um importante indicador de futuro da economia, visto que revela o seu potencial de consumo. Nos últimos 12 meses, findos em outubro de 2012, a massa de rendimentos dos ocupados expandiu em importantes 6,3%; resultado de crescimentos do nível de ocupação e dos rendimentos médios reais.
Se o mercado de trabalho em 2012 foi marcado pela palavra “estabilidade”, as perspectivas para 2013 são mais otimistas.
Eduardo Miguel Schneider é mestre em Economia do Desenvolvimento pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); especialista em Gestão Pública Participativa pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).
