Os sindicatos italianos CGIL, CISL e UIL conseguiram reunir mais de 100 mil pessoas no sábado (22/06) em Roma para participar de uma passeata contra o desemprego e exigindo uma tributação mais justa. Ônibus vindos de diversas partes da Itália levaram trabalhadores à manifestação na qual, pela primeira vez em dez anos, participam os três sindicatos juntos.
Para os sindicatos não há mais tempo a perder, “é necessário frear a queda livre da economia de nosso país”, examinar imediatamente questões como os investimentos, a redistribuição da receita e a recuperação do consumo.
O líder do sindicato CGIL, Susanna Camusso, assegurou que “a prioridade deve ser uma restituição fiscal aos empregados e aos aposentados”. Além disso, disse que os sindicatos estão “na rua porque o país precisa de respostas rápidas. As medidas do governo não vão bem: são constantes anúncios que não se traduzem em uma mudança real”, acrescentou.
“No terreno do trabalho podem ser feitas coisas importantes, sem recursos, tais como uma cláusula social nos contratos e garantir que os trabalhadores não percam seus postos de trabalho”, comentou.
O governo italiano, liderado por Enrico Letta, prevê a criação de postos de trabalho, porém, tem no horizonte o aumento do IVA, que chegará em 22% a partir de 1 de julho. Roma disse que irá revisar nos próximos dias o sistema de financiamento público dos partidos políticos para atingir uma economia para reutilização em outros setores.
A economia itlaliana encerrou 2012 com queda de 2,4% e a previsão para esse ano é de queda de 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto). O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, indicou que espera que o déficit volte a baixar aos 2,5% em 2014, caso a Itália cumpra com os cortes propostos pela União Europeia.
Fonte: Opera Mundi
Data original da publicação: 22/06/2013