Sindicatos espanhóis alertam sobre crescimento de emprego precário

Os sindicatos e partidos de oposição da Espanha coincidiram em considerar que a queda do desemprego se baseia no aumento de empregos precários e temporários, enquanto o país continua dependendo da sazonalidade.

O Ministério de Emprego e Segurança Social anunciou que em novembro o número de pessoas registradas nas listas oficiais de desemprego caiu em 14.688 pessoas, fixando a quantidade de desempregados em 4 milhões 512 mil 116.

A respeito, a central sindical Comisiones Obreras advertiu que a Espanha continua centrada em um modelo produtivo baseado nos serviços, com peso decrescente da indústria, mas com emprego precário e de baixo salário, com muitas flutuações sazonais.

Longe de um aumento sólido e permanente, os dados demonstram, na opinião do sindicato, que não houve a mudança estrutural anunciada pelo Governo.

A União Geral de Trabalhadores lamentou igualmente a maior temporalidade e os salários mais baixos acompanhados da redução dos direitos trabalhistas como consequência das últimas reformas trabalhistas.

A União Sindical Operária também alertou que a taxa de proteção dos desempregados foi reduzida para 57,3 por cento, o que supõe que quase três milhões de espanhóis desempregados não recebem proteção alguma.

Entre os partidos, o Esquerda Unida (EU) considerou desolador a notícia do desemprego, pois 92 por cento dos contratos assinados são de caráter temporário e a metade em meia jornada.

O deputado Alberto Garzón disse aos repórteres que critica o modelo da precariedade e declarou que o EU propõe tirar um milhão de pessoas do desemprego com 0,92 por cento do produto interno bruto, quantidade inferior à dedicada em um ano ao resgate financeiro.

Fonte: Prensa Latina
Data original da publicação: 02/12/2014

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