A União Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos de África do Sul (Numsa) recusou condições das patronais com respeito a futuros contratos trabalhistas e confirmou no sábado (27/07) que manterá a greve de 220 mil operários.
Em um comunicado público, o maior grêmio siderúrgico do país explicou que estava de acordo com a última oferta salarial, mas não com os requisitos relativos a futuras negociações salariais propostos pelos grupos empregadores.
Diretores empresariais propuseram um 10 por cento de aumento de salários, com a condição de que Numsa entregue vários de seus direitos de negociação e assinem uma nova chamada cláusula de paz.
Esta emenda no contrato coletivo impediria aos sindicatos demandar outras questões em um prazo de três anos dentro dos níveis de empresa ou de planta, exceto sob autorização do Conselho de Negociação Nacional.
Milhares de trabalhadores do metal sobretudo nas províncias Gauteng e Western Cape iniciaram a greve em 1 de julho para exigir salários mais altos, a proibição dos intermediários trabalhistas e um subsídio para moradias de quase 100 dólares mensais.
A greve continuará porque temos nossas reservas com respeito à chamada cláusula de paz. As patronais querem converter nossos grêmios em entidades débis e sem opções de protesto, indicou a comunicação.
Esta paralisação de trabalho no setor de metais e engenharias produziu-se pouco dias após resolvida uma medida de força de cinco meses no campo da mineração do platino, qualificada como a greve mais cara e estendida na história de África do Sul.
O desemprego de Numsa estima-se está custando uns 28 milhões de dólares diários, e afeta em maior medida às indústrias manufatureira automotriz, de embalagem, e da construção.
Fonte: Prensa Latina
Data original da publicação: 27/07/2014