O tema central deste estudo é a relação entre sindicalismo e democracia no Brasil, com um foco na trajetória do sindicalismo da CUT.
Inicialmente, atem-se à experiência sindical dos metalúrgicos do ABC desde os anos 1970, buscando realçar a emergência do novo sindicalismo, enquanto um novo sujeito político capaz de colocar em novas bases o debate sobre a “redemocratização” do País.
Acompanha, daí por diante, a trajetória da CUT, sua fundação em 1983, o seu crescimento e o papel que desempenhou na “transição democrática”, até a promulgação da Constituição de 1988 e as eleições presidenciais de 1989.
Segue com a abordagem dos desafios que passou a enfrentar, ainda no final dos anos 1980, com o acirramento das tensões internas e as dificuldades de superação da estrutura sindical oficial, assim como, a partir do começo dos anos 1990, com o quadro de crescente desemprego e precarização das relações de trabalho.
Uma atenção especial é dedicada aos anos 1990, quando se estabelece, principalmente sob o governo de FHC, um contexto de desmanche, de questionamento sistemático das conquistas sociais representadas principalmente pela nova Constituição, associado ao agravamento do desemprego e das condições histórico-estruturais de precariedade das relações de trabalho. É quando, no âmbito do sindicalismo da CUT, formula-se (sob importantes tensões internas) o projeto do “sindicato cidadão”.
Suas condições de emergência, as contradições e tensões que encerra e as possibilidades que enseja, com especial referência ao momento da democracia brasileira, são as questões a que esse estudo se propõe a discutir.
(texto do autor)
Informações
Título: Sindicalismo e democracia no Brasil: do novo sindicalismo ao sindicato cidadão
Autor: Roberto Véras de Oliveira
Editora: Annablume
Ano 2011
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