Série sobre mundo do trabalho produzida por Barack Obama é destaque no Netflix

Fotografia: Netflix

por Laura Glüer

A Netflix lançou recentemente em seu catálogo a série documental “Working – what we do all day”, produzida pelo casal Barack e Michelle Obama, com direção de Caroline Suh, produção da Higher Ground e Concordia Studio.

Na série, o ex-presidente Obama narra sua visão sobre o mundo do trabalho e entrevista trabalhadores de várias áreas – profissionais da saúde, do setor hoteleiro, motoristas de aplicativo, gente que faz bico para ter uma renda extra.

Em quatro episódios, a produção transita por uma visão acadêmica e pela experiência de cidadãos comuns de classe média que lutam para sobreviver. Convida o público a refletir sobre o que realmente dá alegria, propósito e satisfação em suas carreiras, ao mesmo tempo em que destaca a conexão humana e a variedade de experiências que moldam nosso mundo profissional.

“Quando garantimos que todos sintam que seu trabalho é respeitado, que a contribuição de todos seja honrada e que todos recebam o suficiente para realmente participar da vida de nossas comunidades, reforçamos a confiança entre nós que faz tudo em nossas vidas ser possível”, disse Obama em nota sobre a série.

Livro inspirou o documentário

A produção teve como inspiração o livro “Working: people talk about what they do all day and how they feel about what they do”, de Studs Terkel, publicado em 1974. Segundo Obama, foi esse livro que o fez perceber seu lugar no mundo e compreender como todos nós estamos conectados na questão do trabalho.

Assim como a série do streaming, o livro traz uma visão convincente e fascinante dos empregos e das pessoas que os realizam. É um compilado de mais de cem entrevistas realizadas com trabalhadores de diferentes áreas, de coveiros até chefes de estúdio de Hollywood, fornecendo um retrato comovente dos sentimentos das pessoas sobre suas vidas profissionais, bem como uma visão atemporal de como o trabalho se encaixa na vida americana.

O autor Studs Terkel (1912-2008) é uma figura importante da esquerda estadunidense e produziu uma obra clássica, atemporal e elogiada pela crítica

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