A convenção coletiva de trabalho dos bancários, de validade nacional, foi assinada sexta-feira (18) entre as várias entidades sindicais que representam a categoria e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). E suas cláusulas econômicas e sociais, alcançadas após 23 dias em greve, representarão um ingresso de aproximadamente R$ 8,7 bilhões na economia brasileira nos próximos 12 meses. O montante é 14,5% maior do que o apurado pelo acordo anterior, segundo estudo do Dieese.
A cifra é resultado da incorporação do reajuste de 8% aos salários, de 8,5% aos pisos, do acréscimo nos valores dos vales refeição e alimentação, do pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) e adesão do sistema bancário ao vale-cultura, no valor de R$ 50 por mês para os trabalhadores com pagamentos até cinco salários mínimos que optarem pelo programa.
Com a inflação do período medida pelo INPC em 6,07% em 12 meses, até agosto, o aumento dos salários terá ganho real de 1,82% e de 2,29% nos pisos. “São conquistas bastante significativas, com reajustes acima da inflação. Isso vai voltar para a população brasileira, no comércio, serviços e nos gastos das famílias de uma forma em geral”, diz a economista do Dieese Cátia Uehara, em entrevista ao programa Seu Jornal, da TVT.
Desse montante, R$ 5,318 bilhões virão do pagamento da PLR. E do impacto do reajuste nos auxílios refeição e alimentação, outros R$ 429,140 milhões. Apenas o vale cultura irá injetar na economia – em ingressos de espetáculos, aquisição de livros e outros bens culturais – mais R$ 9,4 milhões ao mês, a partir de janeiro de 2014, o correspondente a R$ 113 milhões em um ano, segundo o estudo.
Com a assinatura do acordo, estima-se em até dez dias o prazo para o crédito da primeira parcela da PLR – a segunda é paga até o início de março.
Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 17/10/2013