A Guiné-Bissau é o país lusófono com o maior índice de trabalho infantil: quase 40% das crianças trabalham, mostra um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Timor Leste e Angola vêm logo em seguida.
O relatório A Situação Mundial da Infância em Números, divulgado hoje (30), revela que, na Guiné-Bissau, 38% das crianças entre os 5 e os 14 anos trabalham e 7% estão casadas antes dos 15 anos. No Timor Leste, 28% dos menores trabalham e, em Angola, 24%. Segundo o Unicef, no Brasil, 9% das crianças trabalham e 11% casam-se muito jovens.
Quanto à mortalidade de crianças até 5 anos, Angola registra a segunda maior taxa, com 164 casos em cada 1.000, superado apenas por Serra Leoa, com 182 casos em cada 1.000. Seguem-se a Guiné-Bissau (6º lugar), Moçambique (22º), Timor Leste (48º), São Tomé (50º), Cabo Verde (88º) e Brasil (120º).
O Unicef apelou para um maior investimento em inovações em políticas públicas que permitam diminuir as situações de exclusão e identificar as dificuldades que afetam 2,2 bilhões de crianças mais desfavorecidas no mundo.
O documento ressalta “a importância dos dados para a concretização de progressos para as crianças e para evidenciar a desigualdade de acesso a serviços e proteção que prejudica seriamente a vida de tantas crianças”.
“Os dados têm tornado possível salvar e melhorar a vida de milhões de crianças, especialmente das mais carentes do mundo,” afirma Tessa Wardlaw, chefe do departamento de Dados do Unicef. “Só é possível fazer mais progressos se soubermos quais crianças são mais negligenciadas, onde há meninas e rapazes fora da escola, em que locais as doenças estão aumentando e onde falta saneamento básico.”
Fonte: Agência Brasil, com informações da Agência Lusa
Data original da publicação: 30/01/2014