Produção industrial em 2022 mostra queda na maioria dos setores

Fotografia: Agência Brasil

A produção industrial brasileira caiu 0,6% de julho para agosto, segundo informou o IBGE nesta quarta-feira (5). Se na comparação com igual mês do ano passado houve alta (2,8%), a atividade recua tanto no acumulado do ano (-1,3%) como em 12 meses (-2,7%). De janeiro a agosto, o instituto registra resultado negativo na maioria dos setores.

Assim, no mês, o IBGE apurou queda em duas das quatro categorias econômicas e oito dos 26 ramos pesquisados. “Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.”

Petróleo e veículos

O instituto destaca as influências negativas de setores como coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%), produtos alimentícios (-2,6%) e indústrias extrativas (-3,6%), além de produtos têxteis (-4,6%). Entre as altas na passagem de julho para agosto, veículos automotores, reboques e carrocerias (10,8%), máquinas e equipamentos (12,4%) e outros produtos químicos (9,4%).

Em relação a agosto de 2021, a atividade cresceu nas quatro categorias, em 15 dos 26 ramos, 41 dos 79 grupos e 48% dos 805 produtos. O IBGE lembra que neste ano o mês teve um dia útil a mais. O segmento de veículos automotores subiu 19,3%.

“Menor dinamismo”

Em todo o ano, no entanto, a produção caiu nas quatro categorias, em 17 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e em 60,5% dos 805 produtos pesquisados. O instituto cita, entre outras, retração em indústrias extrativas (-3,8%), produtos de metal (-11,1%), metalurgia (-5,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,1%) e produtos de borracha e de material plástico (-7,2%). Também houve queda em produtos têxteis (-13,4%) e móveis (-18,5%), além de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,6%) e de máquinas e equipamentos (-2,3%). A atividade de coque foi destaque de alta (9,4%).

Entre as categorias econômicas, o IBGE fala em “menor dinamismo” na produção de bens de consumo duráveis. Isso acontece pela redução nas fabricação de eletrodomésticos, tanto da chamada linha branca (-20%) como da marrom (-9,3%).

Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 05/10/2022

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *