O número de pessoas ocupadas no país somou 95,9 milhões em 2013, crescimento de 0,6% sobre o ano anterior, enquanto os empregados com carteira assinada no setor privado aumentaram 3,6%, chegando a 36,8 milhões, 76,1% do total. Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (18) pelo IBGE. Os desempregados somam 6,7 milhões, alta de 7,2%, com a taxa média de desocupação subindo de 6,1%, em 2012, para 6,5% – mesmo assim, é a segunda menor na série que vai de 2001 a 2013. Segundo a Pnad, a população economicamente ativa (PEA) era formada por 102,5 milhões.
Dos quase 96 milhões de ocupados, 57,2% eram homens e 42,8%, mulheres. A maior parte (48,2%) tinha 11 anos ou mais de estudo. Quase metade (46%) está no setor de serviços.
No emprego formal, a pesquisa mostrou aumento em todas as regiões, com destaque para o Nordeste (6,8%) e o Sul (5,3%). A proporção de trabalhadores com carteira no setor privado é maior no Sul (83,4%) e no Sudeste (81,5%) e menor no Nordeste (61%), apesar do crescimento.
Do total de ocupados, 61,9% – o equivalente a 59,3 milhões de pessoas – contribuíam para a Previdência. O número cresceu 3,4% em relação a 2012. A proporção de contribuintes fica acima da média no Sudeste (70,9%), Sul (72,7%) e Centro-Oeste (65%) e abaixo no Norte (44,8%) e no Nordeste (44,2%).
Em 2013, havia quase 20 milhões (19,7 milhões) de trabalhadores por conta própria. Destes, 18% (3,5 milhões) estavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Eram 16,8% no ano anterior.
Na taxa de desemprego (6,5%), os dados mostram grande variação. A menor foi registrada na região Sul (4%) e a maior (8%), no Nordeste. A do Nordeste está em 7,3%, a do Sudeste em 6,6% e a do Centro-Oeste, em 5,7%.
Quanto o recorte é por faixa etária, a taxa de desemprego é maior entre os mais jovens: 23,1% para pessoas de 15 a 17 anos. Vai a 13,7% na faixa de 18 a 24 anos e a 5,3% no intervalo de 25 a 49. Acima de 50 anos, está em 2,4%.
O número de crianças e adolescentes trabalhando diminuiu, mas ainda é elevado. Segundo a Pnad, havia 3,1 milhões de trabalhadores em 2013, queda de 12,3% (438 mil a menos) em relação a 2012.
O rendimento médio real do trabalho dos ocupados foi estimado em R$ 1.681, crescimento de 5,7% sobre 2012 (R$ 1.590). Também aqui, os números evidenciam diferenças regionais. O maior valor médio é da região Centro-Oeste (R$ 1.992) e o menor, do Nordeste (R$ 1.148), embora tenha crescido também 5,7%. A maior alta foi apurada no Sul, 8,1%, com o rendimento estimado em R$ 1.872. No Sudeste, onde o aumento foi de 5,3%, a renda média de todos os trabalhos é de R$ 1.903. O Norte cresceu 4,7%, para R$ 1.322.
Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 18/09/2014