O principal sindicato dos pilotos da Air France anunciou no domingo (28/09) o fim de uma greve que já durava duas semanas, a mais longa da história da companhia aérea francesa.
“As condições para o diálogo social não estão hoje reunidas. Mas nós decidimos assumir as nossas responsabilidades pondo fim à greve”, disse à agência de notícias AFP o porta-voz do sindicato SNLP, Guillaume Schmid, adiantando que as negociações vão prosseguir.
Na segunda-feira, os pilotos da Air France rejeitaram a última proposta da administração da companhia, que previa a suspensão provisória do projeto de desenvolvimento da filial de baixo custo Transavia, o qual deu origem ao conflito. O SNPL considerou que a suspensão anunciada não passava de “uma cortina de fumaça” que não resolvia os problemas.
Numa entrevista ao jornal Le Monde, o presidente do grupo Air France-KLM, Alexandre de Juniac, havia apresentado o projeto de suspensão da Transavia na Europa como “última proposta” para pôr fim a uma greve vista por ele como infundada.
Os pilotos da Air France temem que a expansão da companhia de baixo custo leve a uma deterioração das suas condições de trabalho. O grupo Air France-KLM havia anunciado querer aumentar a frota da Transavia de 14 para 37 aviões e abrir novas bases na Europa a partir de 2015, podendo os pilotos ficar com contratos locais.
Segundo a administração da Air France, os prejuízos com a greve podem chegar a 20 milhões de euros por dia. O grupo Air France-KLM é o segundo maior do setor aéreo na Europa, atrás apenas da Lufthansa. O Estado francês detém 16% da companhia.
Fonte: Deutsche Welle
Data original da publicação: 29/09/2014