O número de americanos entrando com pedido de seguro-desemprego subiu para 348 mil na semana encerrada em 22 de fevereiro, alta de 14 mil em relação a uma semana antes, informou na quinta-feira (27) o Departamento do Trabalho dos EUA. O aumento não era esperado pelo mercado, que previa número de 335 mil, segundo economistas consultados pela Reuters.
Apesar da alta, a média móvel para quatro semanas se manteve inalterada, em 338.250 novos pedidos semanais. Segundo analistas do Departamento do Trabalho, não existem fatores especiais afetando os dados. Os números semanais são voláteis, sendo que a estabilidade das quatro últimas semanas uma leitura mais confiável, afirma Yelena Shulyatyeva, da BNP Paribas, em nota a investidores.
“Os novos pedidos de seguro-desemprego parecem ter estabilizado em níveis consistentes de um mercado de trabalho saudável”, afirmou Yelena.
Segundo a analista, a alta pode ser reflexo das nevascas que atingiram a costa Leste do país na semana anterior, que provocaram o fechamento de repartições públicas e causaram apresentações de pedidos tardios. Para Millan Mulraine, economista da TD Securities, o salto se deve a “fatores sazonais desfavoráveis”.
“(O aumento) não é reflexo do tom do momento econômico, que nós acreditamos que continua favorável”.
O número total de americanos assistidos pelo auxílio aumentou em 8 mil, com ajustes sazonais, para 2.964.000 na semana encerrada em 15 de fevereiro. Esse índice soma o número de pessoas que estão sem trabalho por mais de uma semana.
O relatório divulgado na quinta-feira vem após dois meses de fraco crescimento no número de empregos criados nos EUA. Em dezembro, 75 mil novas vagas foram criadas e em janeiro, 113 mil, ambos abaixo das expectativas. A taxa de desemprego se manteve em 6,6%.
Fonte: O Globo, com agências internacionais
Data original da publicação: 27/02/2014