Operários de refinarias dos EUA fazem maior greve do setor em 35 anos

Cerca de 1.500 membros do Sindicato dos Metalúrgicos das refinarias de petróleo BP, em Whiting, no Estado de Indiana, e Toledo, em Ohio, entraram em greve e fizeram piquetes no domingo (08/02), unindo-se a trabalhadores de outras nove refinarias dos Estados Unidos. O país enfrenta a primeira greve nacional do setor desde 1980.

Dos Estados da Califórnia ao Kentucky, aproximadamente 4 mil trabalhadores entraram em greve no dia 1° de fevereiro. A paralisação começou depois do fracasso das negociações com a companhia Shell Oil, líder do mercado americano e subsidiária da Royal Dutch Shell, que negocia um contrato nacional para outras petroleiras.

Reivindicações

Os metalúrgicos pedem melhores benefícios de saúde e condições de trabalho, além de limites no uso de prestadores de serviço que substituem membros do sindicato em funções de manutenção.

Segundo analistas, a BP está usando substitutos no lugar de 57% dos trabalhadores em greve e, por enquanto, os consumidores não vão pagar pela paralisação. O preço da gasolina tem subido discretamente, mas especialistas do setor dizem que esse é um aumento sazonal esperado entre os meses de fevereiro e maio.

Um porta-voz da BP disse que a companhia está comprometida em prosseguir com as negociações e espera chegar a uma solução vantajosa para ambas as partes.

30 mil trabalhadores

Cerca de 30 mil membros do Sindicato de Metalúrgicos trabalham em 65 refinarias e mais de 230 terminais petrolíferos, oleodutos e instalações petroquímicas nos Estados Unidos, produzindo aproximadamente dois terços do petróleo americano.

Fonte: Rádio França Internacional
Data original da publicação: 09/02/2015

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