Melhorar as condições de trabalho em fábricas de roupa conhecidas pelos baixos salários, não prejudica a produtividade nem a rentabilidade. A afirmação é da Organização Internacional do Trabalho, OIT.
Na segunda-feira (26/09), a agência da ONU divulgou um balanço do seu projeto “Trabalho Melhor”. Foram avaliadas fábricas em sete países em desenvolvimento, como Bangladesh, Indonésia e Haiti.
Fábricas
A OIT garante que as condições de trabalho melhoraram de forma “dramática” nessas empresas, graças a medidas como aumento dos salários e da produtividade e combate ao assédio.
O programa “Trabalho Melhor” foi criado em 2009 pela OIT e pelo Banco Mundial, com a participação de 1,3 mil fábricas que, juntas, empregam 1,6 milhões de pessoas.
Abusos
Ao fazer uma avaliação independente do projeto, pesquisadores descobriram que melhorar as condições de trabalho dos funcionários também é bom para os negócios.
A OIT considera ser um achado importante, especialmente por envolver uma indústria associada a longas jornadas de trabalho, salários baixíssimos e abusos. No geral, a jornada de trabalho teve uma redução média de 3,5 horas e os salários foram aumentados em aproximadamente US$ 7 por semana.
Exemplos
No Vietnã, a rentabilidade nas fábricas aumentou em média 25%, isso quatro anos após a implementação do projeto. Na Jordânia, foi verificada a redução dos abusos no ambiente de trabalho, com diminuição de 18% dos relatos de assédio sexual.
Mas o diretor do programa da OIT, Dan Rees, ressalta ser preciso combater um outro problema: as grandes lojas de roupa que fazem seus pedidos a essas fábricas, as custas de horas decentes de trabalho.
Fonte: OIT
Data original da publicação: 26/09/2016