Eduardo Miguel Schneider
Segundo informações captadas pela PED [*], em janeiro a ocupação apresentou declínio em todas as regiões metropolitanas pesquisadas: -1,4% na Região Metropolitana de Fortaleza, -2,7 na Região Metropolitana de Porto Alegre, -0,4% na Região Metropolitana de Salvador, -0,9% na Região Metropolitana de São Paulo e -0,5% no Distrito Federal. Afastando os efeitos sazonais, a comparação dos últimos resultados em relação aos registrados em igual período do ano anterior corrobora tendência de redução da ocupação em todas as regiões investigadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Porto Alegre (-6,6%) e de Fortaleza (-6,4%).
No primeiro mês do ano a taxa de desemprego total aumentou na Região Metropolitana de Fortaleza e no Distrito Federal e permaneceu estável nas Regiões Metropolitanas de Porto Alegre e de São Paulo. A Região Metropolitana de Salvador registrou decréscimo na taxa.
Já a tendência da taxa de desemprego total nos últimos 12 meses permaneceu de crescimento em todas as cinco regiões pesquisadas. O maior aumento ocorreu na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Em dezembro, o Rendimento médio real dos ocupados declinou nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Salvador e permaneceu relativamente estável no Distrito Federal. Já as regiões metropolitanas de Fortaleza e São Paulo registraram aumento no rendimento. Já a tendência do rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de redução em todas as regiões investigadas.
Nos últimos 12 meses findos em dezembro, a massa de rendimentos reais dos ocupados declinou em todas as regiões metropolitanas com dados disponíveis. Nessas regiões, a diminuição da massa de rendimentos foi determinada pelo declínio nos rendimentos médios reais e pela retração na ocupação. Cabe destacar que a maioria das regiões observaram retrações em suas massas de rendimento reais que atingiram dois dígitos.
Mais informações em http://www.dieese.org.br/analiseped/ped.html.
Nota
[*] Regiões metropolitanas pesquisadas: Fortaleza, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal.Eduardo Miguel Schneider é economista, técnico licenciado do Dieese; doutorando em Economia do desenvolvimento no PPGE/UFRGS/Bolsista CNPq.