Ocupação e desemprego estáveis em junho

Eduardo Miguel Schneider

O número de trabalhadores ocupados manteve-se relativamente estável em junho, resultado que se repete pelo terceiro mês consecutivo. No último mês, os 25 mil ocupados a mais representaram uma variação de apenas 0,1% no nível ocupacional metropolitano. Como o número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho também foi baixo (11 mil indivíduos), o contingente de desempregados ainda logrou reduzir-se em 14 mil pessoas. Contudo, o desemprego ainda atinge 2,25 milhões de pessoas no espaço metropolitano investigado [*].

Dada a pequena magnitude da variação no número de desempregados diante do expressivo contingente de trabalhadores nessa condição, a taxa de desemprego no espaço metropolitano brasileiro permaneceu relativamente estável, ao passar de 10,9% da PEA (População Economicamente Ativa) em maio para 10,8% em junho.

Também a tendência da taxa de desemprego metropolitana brasileira foi de relativa estabilidade: em junho de 2013 a taxa havia sido de 10,9% da PEA. Mas essa estabilidade do desemprego metropolitano não se distribuiu homogeneamente em todas as regiões. Houve aumento do desemprego em Belo Horizonte e Recife, redução em Porto Alegre, Fortaleza e Salvador e estabilidade em São Paulo.

O gráfico acima mostra o desempenho conjuntural no mês e a tendência nos últimos 12 meses da taxa de desemprego nas sete regiões investigadas.

O rendimento médio real dos ocupados diminuiu 0,9% em maio, encerrando o período em R$ 1.725. Já nos últimos 12 meses a tendência dos rendimentos reais foi de crescimento: entre maio de 2013 e de 2014 aumentou 3,5%.

Nos últimos 12 meses findos em maio de 2014, a massa de rendimentos reais dos ocupados aumentou 4,7%, como resultado de aumentos do rendimento médio e do nível de ocupação.

Mais informações: http://www.dieese.org.br/analiseped/ped.html

Nota

[*] Regiões Metropolitanas da Pesquisa: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

Eduardo Miguel Schneider é mestre em Economia do Desenvolvimento pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); especialista em Gestão Pública Participativa pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *