Ocupação cresce pelo quinto mês consecutivo

Eduardo Miguel Schneider

O número de ocupados aumentou, em setembro, pelo quinto mês consecutivo: foram mais 132 mil trabalhadores nessa condição. Esse crescimento de 0,7% no nível ocupacional foi suficiente para dar oportunidade de trabalho para os 89 mil indivíduos que ingressaram no mercado de trabalho no último mês e ainda reduzir em 42 mil pessoas o número de desempregados – que passou a ser estimado em 2,313 milhões de pessoas no conjunto das sete áreas metropolitanas pesquisadas [*].

Desse modo, a taxa de desemprego total no espaço metropolitano brasileiro apresentou, pelo segundo mês consecutivo, ligeira redução, ao passar de 10,6% da PEA (População Economicamente Ativa) em agosto para 10,3% em setembro.

Também a tendência da taxa de desemprego total metropolitana brasileira foi de redução: em setembro de 2012 a taxa havia sido de 10,8% da PEA (frente aos atuais 10,3%). Mas tal diminuição do desemprego metropolitano não se distribuiu homogeneamente nas regiões: houve aumento da taxa em Belo Horizonte e Recife, diminuição em São Paulo, Salvador, Fortaleza e Porto Alegre e relativa estabilidade no Distrito Federal.

O gráfico acima mostra o desempenho conjuntural no mês e a tendência nos últimos 12 meses da taxa de desemprego nas sete regiões investigadas.

O rendimento médio real dos ocupados aumentou ligeiramente 0,6% em agosto e encerrou o período em R$ 1.643. A tendência nos últimos 12 meses também foi de aumento: entre agosto de 2012 e de 2013 o rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,7%.

Nos últimos 12 meses, findos em agosto de 2013, a massa de rendimentos reais dos ocupados aumentou 2,7%, como resultado da elevação do rendimento médio e do nível de ocupação. A massa de rendimentos dos ocupados é a soma de todos os salários e remunerações que os indivíduos recebem pelo seu trabalho e revela o potencial de consumo futuro de uma economia. Nesse sentido, a expansão da massa de rendimentos como ocorrida no último ano é positiva, não obstante a magnitude da sua expansão esteja muito aquém da experimentada em anos anteriores.

O ritmo da retomada sazonalmente esperada para o segundo semestre não gera, por enquanto, grande entusiasmo. A taxa de crescimento da ocupação nos últimos 12 meses foi de 0,8% (setembro). No mesmo mês do ano anterior a taxa havia sido superior: 1,8%. Mas, ainda há um importante trimestre pela frente antes de encerrarmos 2013 e o desempenho do mercado de trabalho nesse período pesará para o balanço do ano.

Nota

[*] Regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.

Eduardo Miguel Schneider é mestre em Economia do Desenvolvimento pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); especialista em Gestão Pública Participativa pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).

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