Imersa em uma crise estrutural, a Indústria eliminou 1 milhão de empregos e a Construção Civil outros 4360 mil.
Luis Nassif
Fonte: GGN
Data original da publicação: 31/01/2022
A melhoria relativa dos índices de emprego, no trimestre setembro-novembro de 2021 ocultam o pesado desastre que se abateu na última década sobre o mercado de trabalho brasileiro.
Aqui, os dados do trimestre set-nov 2021 em comparação com o trimestre anterior jun-ago 2021.
Houve um aumento de 3,2 milhões na população ocupada; uma redução de 1,5 milhão da população desocupada.
Quando se compara com setembro-novembro de 2012, tem-se a situação desastrosa do país.
Nesse período, a População Economicamente Ativa aumentou 17 milhões de pessoas. Teriam que ser criados 17 milhões de empregos para manter os mesmos índices. No entanto, a Força de Trabalho aumentou apenas 10,1 milhões de pessoas.
Pior, a População Ocupada aumentou apenas 4,4 milhões, enquanto a População Desocupada cresceu 5,8 milhões e a População Fora da Força de Trabalho cresceu 6,9 milhões. No total, os Desocupados + Fora da Força de Trabalho aumentaram 12,6 milhões.
Quando se analisam a geração de empregos por setor, percebe-se que a Agricultura, apesar do forte crescimento dos últimos anos, reduziu em 1,1 milhão os empregos oferecidos, prova da grande mecanização do setor.
Imersa em uma crise estrutural, a Indústria eliminou 1 milhão de empregos e a Construção Civil outros 4360 mil.
O crescimento se restringiu a setores de baixa qualificação, como o 1,2 milhão de crescimento no Comércio e Reparação de Veículos; Alojamento e Alimentação, com 1,4 milhão; Setor Público, com 1,8 milhão. e Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, com 1,6 milhão.