Milhares de pessoas saíram à rua no domingo, 10 de março, em mais de 60 cidades espanholas em protesto contra o desemprego e os cortes nos serviços públicos. Sob o lema “contra o desemprego, milhões de razões”, os manifestantes desfilaram contra a corrupção e os cortes na educação, saúde e serviços sociais.
Convocado pela plataforma sindical Cumbre Social, que integra 150 organizações sindicais e sociais, o protesto reuniu cerca de mil pessoas na capital, Madri, menos do que é habitual neste tipo de manifestações na Espanha, escreve o El País. A organização, porém, garante que estiveram nas ruas da capital 50 mil pessoas.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, que cita números da organização, saíram à rua em toda a Espanha cerca de 300 mil pessoas: 66 mil na Catalunha, 30 mil em Valência, 20 mil nas Astúrias.
Em Madri, a concentração estava marcada para o meio-dia na Praça Neptuno e os manifestantes desfilaram até à Porta do Sol sem incidentes. Os manifestantes levavam cartazes em que se lia “violência é ganhar 600 euros”, “as pensões na Constituição. Referendo”, “vender o que é de todos é um crime social” ou “estão roubando a tua saúde”. Outros diziam “nem dívida nem cortes, queremos eleições”, escreve o El Mundo.
Liderando o protesto estavam os secretários-gerais da CCOO (Confederação Sindical das Comissões Operárias), Ignacio Fernández Toxo, Cándido Méndez da UGT, e Julio Salazar da União Sindical Operária.
As organizações reivindicam uma mudança das políticas econômicas na Espanha e na Europa, considerando que os cortes nos serviços públicos ameaçam “seriamente” a convivência democrática e quebram a confiança das pessoas nas instituições.
Esta iniciativa antecede a jornada de luta convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos para 13 e 14 de março em todos os países da União Europeia.
Fonte: Público, com alterações
Data original da publicação: 10/03/2013