Trabalhadores do setor automotivo fizeram dois protestos na sexta-feira (31/10) no Salão do Automóvel de São Paulo. Do lado de fora do evento, metalúrgicos da General Motors reivindicavam uma Medida Provisória para garantir a manutenção dos empregos, como contrapartida aos incentivos fiscais promovidos pelo governo para estimular o setor.
A atividade reuniu representantes das fábricas de São Caetano, na região do ABC, e de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior paulista. De acordo como o dirigente da central CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, mais de 15 mil trabalhadores do setor automotivo estão em licença remunerada, no chamado regime de lay-off, e vivendo sob insegurança de perder o emprego.
No interior do salão, representantes de trabalhadores brasileiros e estrangeiros protestavam contra a práticas antissindicais da montadora Nissan. De acordo com o secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), João Cayres, há muitos anos os funcionários da unidade da empresa no Mississippi, nos Estados Unidos, reivindicam o direito de se associar ao sindicato da categoria (UAW), mas a empresa impede a realização de eleições livres.
O empregado da montadora no estado americano Moris Mock destacou a importância dos gestos de solidariedade em várias parte do mundo, com objetivo de evitar que a conduta da Nissan se dissemine e de proteger os funcionários que lutam por seus direitos na planta de Canton, no Missisissippi. “Nós tivemos dois ativistas pró-sindicatos demitidos nos Estados Unidos e, graças a muitas atividades de rua promovidas por CUT, UGT, Sindical, nós conseguimos que eles fossem contratados.”
Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 01/11/2014