Merkel acredita em mercado de trabalho europeu único e quer exportar modelo alemão

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou sábado (09/02)  que o mercado interno europeu acabará se convertendo, pouco a pouco, em um mercado de trabalho único, em um processo que “durará anos, talvez décadas”. A chefe de governo fez essa estimativa no seu tradicional pronunciamento de sábado na página no site da Chancelaria Federal alemã.

A chanceler também manifestou “grande preocupação pela alta taxa de desemprego entre os jovens do sul da Europa”.

Para Merkel, além das barreiras linguísticas, os diferentes sistemas sociais supõem um obstáculo, e ressalta que o importante na UE para os jovens na União Europeia (UE) é “construir uma base de reforma” que os permita aceder a uma pensão decente ainda que mudem várias vezes de país de trabalho.

Após estimular os jovens a aprender idiomas para facilitar a mobilidade pelo continente, a chanceler ressaltou que o sistema alemão de formação profissional duplo, pelo qual os jovens são instruídos e ganham seu primeiro salário como aprendizes em empresas, é um modelo para outros países europeus.

“A formação profissional dupla desperta um grande interesse e tem muita popularidade”, analisa Merkel, que lembra que em conferências econômicas germânico-espanholas e germânico-lusas as empresas dos países da península ibérica foram convidadas a introduzir pouco a pouco esse sistema de formação.

Além de comentar que o desemprego juvenil é superior a 20% em 18 países da UE, a chanceler reconhece, no entanto, que o problema do desemprego entre os mais jovens “não se resolverá de um dia para o outro” através desse sistema.

Ela lembra que, já no ano passado, foram liberadas verbas da União Europeia para lutar contra o desemprego juvenil e ressalta a melhora da cooperação através do portal de empregos EURES.

Fonte: Opera Mundi 

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