Mercado de trabalho metropolitano prossegue em deterioração

Eduardo Miguel Schneider

Em dezembro, a ocupação apresentou declínio na Região Metropolitana de Fortaleza (-1,5%) e no Distrito Federal (-0,5%). Já nas regiões metropolitanas de Salvador e de Porto Alegre o nível ocupacional variou positivamente em, respectivamente, 0,6% e 0,4%. Na Região Metropolitana de São Paulo o contingente de ocupados permaneceu estável (0,1%). Afastando os efeitos sazonais, a comparação dos últimos resultados em relação aos registrados em igual período do ano anterior corrobora tendência de redução da ocupação em todas as regiões investigadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Fortaleza (-6,8%) e Porto Alegre (-3,8%).

No último mês do ano a taxa de desemprego total permaneceu estável na maior parte das regiões investigadas. As duas exceções foram as regiões metropolitanas de Porto Alegre (com redução na taxa de desemprego) e de Salvador (aumento na taxa).

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Já a tendência da taxa de desemprego total nos últimos 12 meses permaneceu de crescimento em todas as cinco regiões pesquisadas. Os maiores aumentos ocorreram nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e de São Paulo.

Em novembro, o Rendimento médio real dos ocupados declinou na Região Metropolitanas de Fortaleza e no Distrito Federal e permaneceu relativamente estável na Região Metropolitana de Porto Alegre. As regiões metropolitanas de São Paulo e de Salvador registraram aumento nos rendimentos. Já a tendência do rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de redução em quase todas as regiões, somente no Distrito Federal o rendimento não se alterou. Nesta base de comparação, merece destaque a forte retração experimentada pela Região Metropolitana de São Paulo (-9,3%). Em termos de valores absolutos, o Distrito Federal registrou o maior rendimento e Fortaleza o menor.

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Nos últimos 12 meses findos em novembro, a massa de rendimentos reais dos ocupados declinou em todas as regiões metropolitanas com dados disponíveis. Nessas regiões, a diminuição da massa de rendimentos foi determinada pelo declínio nos rendimentos médios reais e pela retração na ocupação. Cabe destacar que a maioria das regiões observaram retrações em suas massas de rendimento reais que atingiram dois dígitos.

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Eduardo Miguel Schneider é economista, técnico licenciado do Dieese; doutorando em Economia do desenvolvimento no PPGE/UFRGS/Bolsista CNPq.

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