A taxa de desemprego no país foi a 12,4% no trimestre encerrado em setembro (13% em junho e 11,8% há um ano), com uma estimativa de 12,961 milhões de desempregados. São 524 mil a menos (-3,9%) em relação a junho e 939 mil a mais (7,8%) em um ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (31) pelo IBGE. Em três meses, foram abertas 1,061 milhão de vagas, na maior parte de trabalhadores por conta própria (402 mil) e empregados sem carteira no setor privado (288 mil). Também cresceu o emprego no setor público (191 mil).
O emprego com carteira ficou estagnado, mostrando interrupção da tendência, até poucos anos atrás, de expansão do mercado formal. Na comparação com setembro do ano passado, cai 2,4%, com menos 810 mil trabalhadores.
Um ano atrás, os empregados com carteira representavam 38% dos ocupados no Brasil. Agora, são 36%. Nesse mesmo período, os empregados sem carteira foram de 11% para 12% e os autônomos, de 24% para 25%.
De junho para setembro, 536 mil pessoas ingressaram na força de trabalho (104,258 milhões), enquanto o mercado abriu 1,061 milhão de vagas, fazendo o numero de desempregados cair em 524 mil. Na comparação com 2016, a mão de obra cresceu em 2,401 milhões, enquanto foram abertos 1,462 milhão de postos de trabalho, fazendo o total de desempregados aumentar em 939 mil. Mais uma vez, o crescimento se dá pelo trabalho por conta própria (1,056 milhão) e pelo emprego sem carteira (641 mil).
Entre os setores, no trimestre apenas áreas ligadas a serviços e da administração pública registraram alta da ocupação. Os demais ficaram estagnados. Em 12 meses, serviços e comércio crescem, a indústria fica estável e construção e agricultura têm queda.
O rendimento médio dos ocupados foi calculado pelo IBGE em R$ 2.115, estável no trimestre (0,3%) e com variação de 2,4% em relação a setembro do ano passado. A massa de rendimentos (R$ 188,137 bilhões) cresce 1,4% e 3,9%, respectivamente.
Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 31/10/2017