A pouco mais de um mês para a 5ª Marcha das Margaridas, o movimento entregou na sexta-feira (03/06) ao governo federal uma pauta de reivindicações das trabalhadoras, entre as quais a necessidade de políticas para apoiar grupos femininos que contribuem para a soberania alimentar.
“É preciso fortalecer os olhares para os quintais produtivos, para outras formas de produção”, ressaltou a coordenadora do evento, Alessandra Lunas. A reforma agrária, diminuição do uso de agrotóxicos e o combate à violência contra as mulheres são outras demandas citadas pelo movimento, formado por trabalhadoras do campo e da floresta.
Com o lema “Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade”, as integrantes do movimento farão a marcha em Brasília nos dias 11 e 12 de agosto.
Na solenidade de entrega da pauta, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, prometeu discutir as reivindicações com a presidenta Dilma Rousseff e, durante os dias de marcha, levar a resposta às trabalhadoras. “Nós reconhecemos na Marcha das Margaridas um grande movimento das mulheres agricultoras trabalhadoras rurais”, disse Rosseto.
A Marcha das Margaridas, que teve sua primeira edição em 2000, é uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta que integra a agenda permanente do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e de movimentos feministas do Brasil. O nome do movimento foi escolhido em homenagem à líder sindical paraibana Margarida Maria Alves (1943 –1983), trabalhadora rural que aos 40 anos foi assassinada por sua atuação política local.
De acordo com a organização da marcha, a última edição reuniu 70 mil mulheres e a expectativa para a edição de 2015 é mobilizar mais de 100 mil trabalhadoras.
Fonte: Agência Brasil
Texto: Aline Leal
Data original da publicação: 03/07/2015