O que jovens de Brasil, Uganda e Holanda pensam sobre juventude, trabalho e desemprego? E quais são suas demandas para os governantes? Com base nestes questionamentos, o Inesc [Instituto Nacional de Estudos Socioeconômicos] lançou, na segunda-feira (14/09) no Museu Nacional da República, em Brasília, o Manifesto da Juventude pelo Trabalho e Emprego. O projeto é desenvolvido em parceria com as organizações Cew-IT, de Uganda, e Netwerk Democratie e Movisie, da Holanda. O evento reuniu todos os jovens que participaram das oficinas organizadas pelo Inesc para discutirem trabalho e emprego. Foi a partir das oficinas que os jovens construíram o Manifesto.
Gestores públicos do governo federal e do Governo do Distrito Federal foram convidados a participarem do evento. Eles receberam a carta de demandas dos jovens. A devolutiva será feita com linguagens alternativas, como teatro, projeções e música. O projeto tem apoio da Oxfam Novib e parceria da Plataforma E-Motive, rede de organizações que tem como objetivo compartilhar soluções inovadoras para assuntos locais e globais.
O Manifesto da Juventude pelo Trabalho e Emprego tem o objetivo de promover a troca de experiências sobre juventude, trabalho e desemprego no Brasil, Uganda e Holanda. A ideia é construir um documento com as demandas dos jovens brasileiros, ugandenses e holandeses, a ser apresentado aos governos dos três países.
O Manifesto da Juventude usa a metodologia do Cew-it Uganda, que promoveu, no início de junho de 2015, em Kampala, capital de Uganda, uma oficina para trocas de experiências entre as organizações. A partir desta oficina, o Inesc adaptou a metodologia, utilizando o acúmulo de atuação com o público jovem do Projeto Onda e Observatório da Criança e do Adolescente (OCA), bem como considerando a questão do trabalho e emprego no contexto brasileiro.
No Brasil, foram realizadas cinco oficinas para a construção do Manifesto da Juventude: com jovens do Projeto Pró-Catador, do Inesc, que atua com catadores de material reciclável no Distrito Federal; com jovens do Quilombo Mesquita, na Cidade Ocidental (DF); com meninas adolescentes que cumprem medida sócio-educativa na Unidade de Internação de Santa Maria (DF); com jovens do Projeto Onda – Adolescentes Protagonistas; e com estudantes do ensino público do Distrito Federal.
Fonte: Adital
Data original da publicação: 14/09/2015