Continuam as jornadas de luta na Grécia. Com a visita dos inspetores da “Troika” (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) prevista para a próxima semana, vários setores públicos gregos decretaram diferentes dias de greve e de manifestações.
Protestam contra as reformas do governo, que prevê a supressão de 25 mil postos na função pública e a mobilidade dos funcionários. Medidas vistas como “culpa da troika”:
“Estamos a ser despedidas. É injusto. Com a crise que há, não arranjamos outro emprego. Temos famílias que dependem de nós: temos maridos desempregados e filhos. É por isso que nos manifestamos”, explica uma grega.
Nesta quarta-feira (18), é a vez de os hospitais estarem em greve: o pessoal cumpre apenas um serviço mínimo. As escolas fecharam as portas. Idem para os tribunais e mesmo os comboios circulam a meio gás.
As greves destes setores prolongam-se até quinta-feira.
“É bom que as pessoas reajam, para ver se as reformas que vamos ter são mais suaves”, admite um transeunte. Opinião contrária tem outro: “Não penso que as greves nos levem a algum lado. Penso que os sindicalistas estão a querer mostrar trabalho. Já viram alguma greve dar resultados?!”
Estas reações, nas ruas de Atenas, mostram que a população começa a ficar dividida sobre a eficácia das greves como forma de pressão.
O governo está entre a espada da rua e a parede da ‘Troika’, que lhe exige medidas de austeridade em troca das ‘parcelas’ de empréstimo graças às quais a Grécia sobrevive desde 2010.
Fonte: Euronews, com ajustes
Data original da publicação: 18/09/2013