Mais produtividade e menos stress. Este foi o resultado da transição de uma jornada de trabalhado de oito para seis horas diárias sem redução salarial para os trabalhadores de um lar de idosos em Gotemburgo.
A experiência durou oito meses e nas palavras dos seus protagonistas foi um êxito: “cansava-me muito e quando se chegava em casa não pensava em outras coisa senão em deitar no sofá”, admite uma das empregadas do lar ao diário britânico The Guardian. “Mas agora encontro-me muito mais desperta, tenho muito mais energia para o trabalho e para a vida familiar”.
Este exemplo tem sido aplicado em vários locais na Suécia, notadamente no setor da saúde ou mesmo em grandes fábricas como a Toyota de Gotemburgo. Neste caso a jornada laboral reduzida para seis horas diárias é aplicada há treze anos com resultados excelentes.
“As pessoas estão mais à vontade, quase não temos baixas e é mais fácil contratar novas pessoas”, reconhece ao The Guardian o diretor-gerente da empresa, Martin Banck. “O uso de maquinaria é mais eficiente à medida que os custos em capital diminuem. Todos estão contentes e neste período conseguimos aumentar os lucros em 25%”.
Agora, o debate na Suécia incide principalmente sobre quais as áreas da economia, onde é mais benéfico implementar estas políticas para o impacto econômico, pelo menos no início, não ser severo. Em qualquer caso, o primeiro passo foi dado, desde o ano passado, quando os social-democratas reconquistaram o poder após oito anos de governo de direita naquele país escandinavo.
Fonte: Esquerda.Net
Data original da publicação: 29/09/2015