IBGE: taxa de desemprego avança em 12 estados no primeiro trimestre

Fotografia: Márcia Foletto

A taxa de desocupação no mercado de trabalho brasileiro subiu em 12 estados e permaneceu estável nos demais durante o primeiro trimestre deste ano, segundo dados apurados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em comparação com o visto no quarto trimestre do ano passado.

As maiores taxas foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%), enquanto as menores foram apuradas em Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%).

Em 15 unidades da federação, o desemprego superou a média nacional, de 12,2%. O país tinha 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no primeiro trimestre.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), as maiores altas no desemprego foram no Maranhão (3,9 pontos percentuais), Alagoas (2,9 p.p) e Rio Grande do Norte (2,7 p.p).

A pesquisa aponta que as desigualdades permaneceram acentuadas em diversos segmentos da sociedade no primeiro trimestre do ano. Entre as pessoas que se declararam pretas e pardas, o desemprego avançou, de 13,5% e 12,6%, no quarto trimestre, para, respectivamente, 15,2% e 14%, enquanto o das brancas subiu de 8,7% para 9,8%. A taxa de desocupação foi estimada em 10,4% para os homens e 14,5% para as mulheres.

Entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, o desemprego passou de 23,8%, no último trimestre de 2019, para 27,1%. No Nordeste, o desemprego para essa faixa etária chegou a 34,1%.

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, é esperado haver no primeiro trimestre um aumento da desocupação, devido às dispensas dos trabalhadores temporários contratados no final do ano. “A maior parte dos temporários dispensados no início do ano são jovens, o que faz com que a queda no nível de ocupação seja maior nesta faixa”, explica.

Em relação ao tempo de procura por emprego, 45,5% dos desocupados estavam de um mês a um ano em busca de trabalho; 23,9%, há dois anos ou mais; 12,6%, de um ano a menos de dois anos; e 18%, há menos de um mês. No país, 3,1 milhões de pessoas procuram trabalho há 2 anos ou mais.

Fonte: GGN
Data original da publicação: 15/05/2020

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