A greve nas refinarias francesas dura há duas semanas e os trabalhadores decidiram esta quarta-feira continuar a luta. Das sete refinarias do país, seis estão em greve e cinco delas fecharam totalmente. As consequências chegam às bombas de gasolina que enfrentam escassez. Na passada terça-feira, pelo menos um dos combustíveis nelas vendidos tinha esgotado em 31% dos postos de abastecimento.
Os trabalhadores da TotalEnergies exigem um aumento salarial de 10% ao contrário dos 3,5% propostos. Três refinarias do grupo estão totalmente paralisadas. A CGT acusa o presidente da empresa de ganhar 5,8 milhões de euros por ano e de se ter aumentado 52% neste ano e anuncia que os “quase 100% de grevistas entre os operadores” decidiram prolongar esta forma de luta. A administração responde que só negocia quando as greves acabarem e convida os sindicatos que não participam para a mesa das negociações desde já.
Na ExxonMobil pretende-se um aumento de 7,5% acrescido de um prêmio de 6.000 euros justificado pela distribuição dos lucros excecionais obtidos pela empresa. Havia duas refinarias fechadas, em Notre Dame de Gravenchon e Fos sur Mer. A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, anunciou uma requisição do “pessoal indispensável para o funcionamento” desta empresa que foi efetivada esta quarta-feira em Porte-Jérôme na Normandia. A governante justifica a decisão porque “um desacordo salarial não justifica o bloqueio do país” e alega a existência de um acordo entre esta e duas organizações sindicais, a CFE e a CFDT. FO e CGT não assinaram este acordo. A greve na ExxonMobil tinha fechado por completo duas refinarias. Apenas a refinaria de Lavéra, pertencente ao grupo Petroineos não está em greve.
Fonte: Esquerda
Data original da publicação: 12/10/2022