O Parlamento da Grécia aprovou proposta que determina a execução das medidas definidas pelos credores internacionais, que incluem a reestruturação do setor público e cortes no funcionalismo. A iniciativa foi aprovada por 168 votos de um total de 292 deputados presentes – 123 parlamentares se opuseram e um se absteve. A iniciativa foi aprovada ontem (28) à noite.
A aprovação da proposta gerou protestos. Aproximadamente 800 pessoas, segundo os policiais, fizeram manifestação na Praça Syntagma, no centro de Atenas, após apelo dos sindicatos dos setores público e privado. A Confederação dos Funcionários Públicos (Adedy) disse que os cortes vão levar à “destruição do serviço público”.
A Grécia é um dos países que mais sofreram os impactos causados pela crise econômica internacional, assim como Portugal, a Espanha, Itália e Irlanda. No ano passado, as principais cidades gregas viveram dias de tensão causados por protestos frequentes de manifestantes que reclamavam das demissões, do aumento de impostos e das tarifas públicas. Houve uma série de paralisações.
A reestruturação faz parte das exigências para o empréstimo de US$ 8,8 bilhões de euros. A proposta determina a realização de concursos para novas profissões e facilidades de pagamento que permitirão ao Estado recuperar as contribuições sociais em atraso.
Pelo menos 2 mil funcionários públicos devem ser demitidos até o fim de maio, sendo que mais 2 mil serão desligados até dezembro. Em 2014, novas demissões estão previstas e devem somar 11,5 mil, o que elevará o total de desligamentos para 15,5 mil empregados.
As demissões dos funcionários públicos, segundo as autoridades, deverão ser baseadas em processos de corrupção ou incompetência, além dos pedidos de aposentadoria voluntária.
Fonte: Agência Brasil
Texto: Renata Giraldi
Data original da publicação: 29/04/2013