Governo promulga lei que reajusta o salário mínimo no Chile

Fotografia: Governo do Chile

O presidente do Chile, Gabriel Boric, promulgou nesta segunda-feira (23) a chamada Lei de Reajuste do Salário Mínimo, que prevê dois aumentos neste ano e subsídio a micro, pequenas e médias empresas, entre outros itens. De acordo com o Ministério do Trabalho, é o maior aumento em 29 anos, “o que significa uma ajuda concreta e um piso digno para milhões de famílias no país”.

Pela lei, resultado de negociações que envolveram a CUT chilena e empresas, e com projeto aprovado no Congresso, o sueldo mínimo passou a 380 mil pesos no dia 1º deste mês, o que corresponde a aproximadamente US$ 455. O mínimo brasileiro, fixado em R$ 1.212, está em torno de US$ 250. A partir de 1º de agosto, o valor subirá para 400 mil pesos (U$ 480, pelo câmbio atual).

Com isso, o reajuste total do salário mínimo do Chile será de 14,3%. Se em janeiro a inflação estiver acumulada em 7%, o piso nacional vai para 410 mil pessoas. “Acreditamos que a ajuda do Estado devem realmente ter foco nas pequenas empresas”, afirmou o presidente da CUT, David Acuña. “Em abril do ano que vem, voltaremos a negociar o aumento do salário mínimo. Assim, vemos com bons olhos o avanço em uma política pública já mais institucionalizada”, acrescentou. Assim, o projeto inclui a chamada canastra (cesta) básica protegida, a partir de um proposta apresentada pela central, com um complemento para quem não recebe outros subsídios.

Avanço coletivo

“A promulgação resulta de um acordo histórico entre todas e todos os protagonistas que impulsionam a nossa economia”, declarou Boric. “Uma demonstração de que com a vontade de todos os setores podemos avançar junto das e dos trabalhadores”, afirmou ainda o presidente.

O atual governo brasileiro abandonou a política de valorização do salário mínimo, criada formalmente ainda no governo Lula e mantida na gestão Dilma, a partir de iniciativa das centrais sindicais. O poder de compra subiu gradualmente. De 2009 a 2019, com o piso era possível comprar duas cestas básicas. Agora, a cesta mais cara já consome o equivalente a 60% do mínimo.

Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 23/05/2022

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