Gerdau: sindicatos denunciam prática antissindical

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e seis sindicatos que têm em suas bases unidades da Gerdau querem uma audiência com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) para debater medidas que assegurem os direitos dos trabalhadores e também de estímulo ao setor siderúrgico no país.

Em reunião realizada na manhã da quarta-feira (18/11), na sede da CNM/CUT, em São Bernardo do Campo (SP), representantes dos sindicatos avaliaram propostas de ação para se contrapor aos ataques aos direitos e às práticas antissindicais da empresa, que não quer cumprir acordos coletivos de trabalho já assinados em três bases e nem assinar acordos nas outras três.

De acordo com relatos dos sindicalistas, a Gerdau quer trocar o reajuste por abono salarial e tem pressionado os metalúrgicos a assinarem uma lista concordando com essa proposta, que já foi rejeitada em assembleias feitas com os trabalhadores nas seis plantas (Sapucaia do Sul/RS, Pindamonhangaba/SP, Araçariguama/SP, Vitória/ES, Recife/PE e Parnamirim/RN).

Diante da pressão e das dificuldades das entidades em garantir que a siderúrgica cumpra com os acordos e a legislação, na reunião do dia 20 ficou acertado que a CNM/CUT formalizará uma denúncia contra a prática antissindical da Gerdau junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e à IndustriALL Global Union (federação internacional dos trabalhadores na indústria).

Assembleias já rejeitaram proposta

Os sindicalistas reiteraram a posição comum de não aceitar trocar o reajuste salarial por abono, já tomada em assembleias dos metalúrgicos nas portarias das plantas. “A reposição da inflação é sagrada e os trabalhadores não podem abrir mão disso, porque o abono aprofundará as perdas salariais no futuro e trará prejuízos em remunerações como férias, 13º, FGTS e aposentadoria futura”, lembrou Loricardo de Oliveira, secretário geral em exercício da CNM/CUT.

Loricardo lembrou que a Confederação tem propostas sobre a indústria siderúrgica e quer debatê-las com o governo e os empresários. “Ontem (17) mesmo, nos reunimos com representantes do Instituto Aço Brasil para discutirmos a situação do segmento e reafirmar nossa posição de que os trabalhadores não podem ser as vítimas do desaquecimento industrial [leia aqui]”, afirmou o dirigente.

Fonte: CUT
Data original da publicação: 19/11/2015

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