A petição on-line criada por sindicalistas na França conseguiu mais de 550 mil assinaturas em menos de uma semana em protesto contra o projeto governamental de reforma do direito trabalhista.
A CGT, principal sindicato francês, chamou recentemente a uma resposta forte e unida do mundo do trabalho contra o projeto impulsionado pelo governo.
Segundo a organização, se fosse adotado, esse plano constituiria um retrocesso histórico dos direitos dos empregados, ao apontar que oferece uma liberdade total ao empresariado.
Tomada em conta os interesses financeiros do empresariado e dos acionistas, acima da proteção dos empregados, enfatizou.
Mediante um comunicado, deputados da Frente de Esquerda reafirmaram que o texto é um projeto de erradicação do direito trabalhista. Contém ataques sem precedentes contra o tempo de trabalho, os salários e as indenizações por demissão, argumentaram.
Segundo a informação divulgada, contempla uma maior flexibilidade do código e do mercado de trabalho. Por exemplo, a organização do tempo de trabalho ou a remuneração das horas extraordinárias, até agora enquadradas pela lei, serão decididas por acordos de empresa.
Também prevê facilitar as demissões por motivos econômicos e pôr topos às indenizações por demissão outorgadas pelos tribunais trabalhistas.
Por sua vez, a ministra de Trabalho, Myriam El Khomri, em entrevista com o jornal Le Echos, expressou que com essa iniciativa o governo quer fazer avançar ao país através do diálogo social, garantir mais direitos reais, fazer às empresas mais competitivas, desenvolver e preservar o emprego.
O documento será apresentado em 9 de março ao Conselho de Ministros. Posteriormente deve começar seu exame no Parlamento em um contexto de persistentes dificuldades trabalhistas e uma taxa de desemprego maior que 10 por cento.
Fonte: Prensa Latina
Data original da publicação: 26/02/2016