Força e CUT repudiam proposta do governo de acabar com abono salarial

Fotografia: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro pensa em acabar com o abono anual do PIS/Pasep para bancar o aumento do Bolsa Família , que iria de R$ 190 para R$ 250. Atualmente, o abono salarial é de até um salário-mínimo, e é pago anualmente a trabalhadores formais com renda mensal de até dois salários – cerca de 25 milhões de brasileiros.

Em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, ressaltou que “mais uma vez o governo Bolsonaro ameaça direitos e conquistas sociais dos trabalhadores menos favorecidos economicamente.”

O sindicalista alerta que “o abono salarial é uma forma de distribuir renda no país e tirar dos mais pobres é uma forma nefasta de prejudicar toda a sociedade.”

Torres reafirmou no texto que defende sim a ampliação do Bolsa Família e do auxílio emergencial de R$ 600. “Por que não criar um imposto sobre grandes fortunas para financiar o combate à fome e às desigualdades?”, questionou o sindicalista.

A direção da Central Única dos Trabalhadores criticou a proposta do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) de acabar com o abono salarial do PIS/PASEP para aumentar o valor médio pago aos beneficiários do Programa Bolsa Família. “Essa proposta, que ressurge frequentemente no debate público, nada mais é do que redistribuição da pobreza, é tirar de quem é pobre a pretexto de dar a quem é igualmente miserável”, alerta a Entidade. Leia a íntegra da Nota da CUT

De acordo com as lideranças da Entidade, a proposta revela a falta de coragem e vontade política deste governo em evitar o crescimento da pobreza por intermédio de uma política econômica de geração de empregos e da redistribuição da renda que se acumula na mão dos já muito ricos. “O financiamento dos programas sociais deve vir da ampliação do gasto público e da tributação dos muito ricos, com aumento nos impostos sobre o capital, a grande propriedade, as grandes fortunas e heranças, bem como a revisão das desonerações e renúncias tributárias”, defende a CUT.

Leia a seguir a nota da Força Sindical:

Nota da Força Sindical sobre proposta de extinção do abono salarial

Infelizmente, mais uma vez o governo Bolsonaro ameaça direitos e conquistas sociais dos trabalhadores menos favorecidos economicamente.

O governo Bolsonaro está propondo extinguir o abono salarial de cerca de 23 milhões de trabalhadores que ganham, em média, 1,4 salários mínimos/mês, com o pretexto de ampliar o Bolsa família. O abono salarial é uma forma de distribuir renda no país.

Tirar dos mais pobres é uma forma nefasta de prejudicar toda a sociedade.

Defendemos sim: a ampliação do Bolsa família e do Auxílio emergencial de R$ 600,00.

Por que não criar um imposto sobre grandes fortunas para financiar o combate à fome e às desigualdades?

Essa proposta do governo merece repúdio de todos!

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Fonte: Rádio Peão Brasil
Data original da publicação: 18/06/2021

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