Dez ex-funcionários de uma franquia de McDonald’s em Virgínia, nos Estados Unidos, entraram com uma ação federal de direitos civis contra a rede de fast-food, argumentando que os supervisores lançaram insultos raciais e sexuais contra eles e, em seguida, os demitiram sob a justificativa de que a loja tinha “muitas pessoas negras”, reportou The Guardian na quinta-feira (22/01).
De acordo com os trabalhadores, os supervisores falaram sobre a necessidade que o restaurante tinha de “deixar o gueto para fora da loja” e “se livrar dos negros e dos mexicanos”. Dos dez, nove são afro-americanos e um é latino-americano.
Eles foram demitidos em maio de 2014 e entraram com uma queixa no Tribunal Distrital dos EUA contra o McDonald’s de Virgínia, bem como contra Michael Simon, o proprietário das três franquias onde trabalhavam.
A rede exerce algum grau de controle sobre o que seus franqueados devem fazer quando se trata de serviços. Contudo, em relação ao tratamento dos funcionários, a empresa diz que tais decisões são dos franqueados.
No ano passado, no entanto, o National Labor Relations Board, agência federal norte-americana responsável pela segurança de trabalhadores, decidiu que o McDonald’s poderia ser responsabilizado por violações trabalhistas em suas franquias. Com isso, os dez funcionários esperam que a cadeia seja responsabilizada pelas ações de Simon.
À imprensa, a rede argumentou que vai comentar o caso depois de ter visto o processo. De acordo com a firma, o “McDonald’s tem uma longa história de abraçar a diversidade de funcionários, franqueados independentes, clientes e fornecedores. A discriminação é completamente inconsistente com os nossos valores. Nossos proprietários- independentes compartilham um compromisso com o bem-estar e tratamento justo de todas as pessoas que trabalham em restaurantes McDonald’s”.
Fonte: Opera Mundi
Data original da publicação: 23/01/2015