Eu empregada doméstica: narrativas, sentidos e significados na luta pela efetivação de direitos das trabalhadoras domésticas no Brasil

Autora:Lyzyê Inácio Almeida
Orientador:Luciana de Oliveira Dias
Ano:2019
Tipo:Dissertação de Mestrado
Instituição:Universidade Federal de Goiás. Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos
Repositório:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG
Resumo:A presente dissertação resultou da pesquisa qualitativa e interdisciplinar que elegeu narrativas de luta por direitos trabalhistas das empregadas domésticas, especialmente protagonizada por mulheres negras que desempenham e desempenharam essa função como é o caso de Laudelina de Campos Mello. Além dessa investida metodológica, foi agregadas a essas narrativas de lutas uma análise da iniciativa de criação da página do Facebook: Eu Empregada Doméstica, que apresenta relatos de empregadas domésticas, constituindo os dados que foram analisados na busca por seus significados. Assim sendo, as revelações foram extraídas do espaço virtual da internet cuja escolha da fanpage Eu Empregada Doméstica se deu pelo impacto e diversidade dos registros de trabalhadoras domésticas, que expõem o seu cotidiano na casa dos patrões. Essas trabalhadoras foram estimuladas por ações anteriores no mundo virtual como as da Joyce Fernandes, também conhecida por Preta Rara, que denunciou ofensas e preconceitos sofridos no ambiente de trabalho doméstico. O estudo desses relatos possibilitou o alcance do objetivo central da pesquisa, qual seja levar ao mais aprimorado conhecimento o fato de que esses relatos, mais do que informarem sobre o dia a dia dessas trabalhadoras, são súplicas para a realização de um objetivo mais contextualizado que é a efetivação de seus direitos fundamentais. Desse modo, foi possível confirmar a hipótese de que mesmo em um contexto onde já é incorporada a ampliação de direitos das trabalhadoras domésticas na legislação trabalhista brasileira atual, a luta de hoje ainda é por direitos humanos e sua efetivação, no caso dos direitos fundamentais, possibilitando afirmar uma perpetuação atualizada da servidão do passado escravagista.
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